14/04/2010

Outro final para o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

Depois de lerem O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, do escritor brasileiro, Jorge Amado, os alunos do 8ºA imaginaram outros finais para a história. Aqui ficam os produtos da sua imaginação…



Um dia, de brando sol hibernal, todos os habitantes do parque viram chegar o evento que esperaram ansiosamente. Faltavam apenas poucas horas para o casamento e a Andorinha, sentada na sua cama de veludo, relembrava os bons momentos passados no Verão. Dentro do pequeno armário, a seu lado, estava o soneto que o gato lhe tinha escrito. Pensava voltar a lê-lo, porque desde que o leu pela primeira vez (na noite em que o gato lho entregou), que não tinha coragem para voltar a fazê-lo doía-lhe demasiado. Hesitou, mas a força de vontade do seu pequeno coração de Andorinha fê-la reler o famoso soneto escrito pelo seu amado. Cada vez que o lia, chorava, ao pensar que tinha magoado o Gato ao aceitar casar com o Rouxinol. Estava confusa, queria casar com o Gato, mas o mais correcto era o casamento já planeado, o casamento com o Rouxinol.
Nesse momento, a mãe da Andorinha entrou no quarto; a Andorinha apenas teve tempo de esconder o soneto debaixo do seu travesseiro. Mas a coisa que a Andorinha não podia esconder eram os seus olhos alagados em lágrimas e um pouco avermelhados. A mãe da Andorinha ao olhá-la disse:
-Alegra-te! Hoje é o dia do teu casamento. Limpa essas lágrimas e prepara-te para o ensaio do teu casamento.
A Andorinha desceu e lá em baixo o Rouxinol esperava-a sorridente, assim como os padrinhos e os seus pais. O ensaio correu bem, apesar dos olhos brilhantes da Andorinha que pareciam sempre querer chorar. A poucos metros de distância, o gato olhava tudo aquilo e imaginava ser ele naquele altar com a Andorinha.
O resto da tarde foi passado com os preparativos para o casamento que ninguém queria perder. Lá fora os convidados juntavam-se ansiosos e a Andorinha, no seu quarto, com as ajudantes em sua volta, era preparada para o casamento a que não queria ir, o seu casamento.
O gato, deitado perto da Goiabeira, esperava com alguma (mas pouca) esperança que a Andorinha percebesse o erro que cometera e voltasse.
Faltavam poucos minutos para o grande evento e a Andorinha pediu para ficar um pouco sozinha no seu quarto, pegou num pedaço de folha de papel e num instrumento de escrita e começou a escrever uma carta. Essa carta foi encontrada pelo seu pai, quando estranhou o atraso da noiva para o casamento. Nessa carta podiam ler-se palavras como “ Não queria isto”, “Desculpem” e “ Quero ficar com o Gato”.
A essa altura já a Andorinha andava pelo parque à procura do gato. Encontrou-o no mesmo sítio onde ele passara toda a tarde. Ao vê-la o Gato exclamou:
- Eu sabia que ias voltar!
A Andorinha sorriu-lhe e abraçou-o com as suas pequenas asas.
Depois desse dia nunca mais se viu nenhum dos dois no parque. O Rouxinol ficou tão triste de ter sido deixado no altar que decidiu juntar-se ao Papagaio na vida religiosa.


Patrícia Sofia Correia de Almeida Nº19 8ºA


Um dia, de brando sol hibernal, tudo mudou na cabeça da Andorinha. Ela estava muito decidida com a ideia do casamento com o Rouxinol. Não obstante, a Andorinha percebeu que não gostava dele e nem era com ele que queria ficar para o resto da vida. O seu verdadeiro amor era o Gato Malhado. Após algumas horas a pensar, concluiu que não podia de maneira alguma casar com o Rouxinol. Não queria magoar o seu futuro noivo, mas não podia ser infeliz para sempre e decidiu então ir falar com o Rouxinol.
Chegou ao pé do Rouxinol e disse-lhe:
- Eu vim aqui ter contigo, porque preciso de te dizer uma coisa e sei que não vai ser fácil para ti aceitar, mas tenho de o fazer.
- Fala Sinhá, diz-me o que precisas – disse o Rouxinol.
- Sei que é difícil entenderes, mas … - a Andorinha foi interrompida pelo Rouxinol.
- Mas ..., vai directa ao assunto e diz – concluiu o Rouxinol.
- Eu não quero casar contigo, eu não gosto de ti e não quero ficar contigo – disse finalmente a Andorinha.
Logo que disse ao Rouxinol que não iria casar com ele, foi-se embora e nem esperou pela resposta. Não tardou a receber notícias e desta vez não eram boas notícias. O Rouxinol tinha-se suicidado, pois não aguentou saber que a Andorinha não gostava dele e decidiu que este deveria ser o seu fim.
Voltaram os rumores ao parque, desta vez eram sobre a morte do Rouxinol. Era como tivesse passado uma nuvem negra no parque e tivesse estragado todos os planos. Todos estavam tristes pela morte do Rouxinol, excepto o Gato Malhado, que não se manifestava sobre esta tragédia.
De certo modo o Gato estava contentíssimo porque agora já podia ficar com a Andorinha.Os pais da Andorinha, pelo contrário, estavam muito desiludidos pelo facto da filha não ir casar com o Rouxinol.
A Andorinha estava muito confusa e foi ter com o padre Urubu para este a ajudar. Sinhá explicou-lhe a situação e disse-lhe também que era do Gato Malhado que ela gostava e era com ele que queria ficar. O padre compreendeu e disse-lhe que não os podia casar, pois era contra a união de seres de espécies diferentes, mas como pessoa, não como padre, aceitava o amor deles.
Assim, o amor entre o Gato e a Andorinha passou de um amor impossível a um a mor possível, mesmo sem casamento.
A união da Andorinha com o Gato deu a possibilidade de ilibar o Gato de todos os crimes que diziam que o Gato tinha cometido.



Alexandra Palminha, 8º A


Um dia, de brando sol hibernal, Sinhá preparava-se para o grande dia, o do casamento. Havia uma enorme mesa cheia de comida e muitas variedades de frutas. Estava um belo dia, sol e temperatura agradáveis, óptimo para o casamento. O Rouxinol estava muito bem vestido, mas também não se podia dizer o contrário da Andorinha Sinhá. Via-se na cara de Sinhá que ela não estava contente com o casamento.
Quando Sinhá foi para o altar, junto do Rouxinol e do Papagaio, que era o padre, olhou para o local onde os familiares estavam e viu o Gato Malhado. O Gato Malhado aproximou-se de Sinhá e a bela Andorinha revelou-lhe todo o amor que sentia por ele. O Rouxinol perguntou-lhe:
-Sinhá, tu não me amas?
-Rouxinol, sempre fui tua amiga, gosto muito de ti, como amigo, mas nada mais que isso. Forçaram-me a casar contigo porque não podia casar com o Gato Malhado, porém o meu amor foi sempre pelo Gato Malhado. -respondeu-lhe Sinhá.
Nesse momento o Gato Malhado olhou para a Andorinha, subiu para o altar e casou com Sinhá. Passados uns dias, depois da lua-de-mel, os habitantes do parque já estavam praticamente habituados ao casamento do Gato com Sinhá. O Gato Malhado, como ainda não tinha visto o Rouxinol desde que tinha chegado da lua-de-mel, foi procura-lo à sua casa. O Rouxinol morava num alto pinheiro, no cimo do qual cantava todas as manhãs. Quando o Gato lá chegou viu logo o Rouxinol, chamou-o e ficaram a conversar uns belos minutos. O Rouxinol não parecia muito triste, até estava bem alegre e com essa conversa entre o Gato Malhado e o Rouxinol criou-se uma grande amizade. O Gato Malhado, de repente, lembrou-se de outro grande problema que atormentava os habitantes do parque, a cobra Cascavel. O Rouxinol e o Gato juntaram-se para combater a Cascavel. Foram à casa da Cobra e, quando ela saiu da sua toca, o Gato Malhado atirou-lhe pedras de trás dos arbustos e o Rouxinol, dos céus, largou-lhe ramos de árvore para cima. Os habitantes do parque desde esse dia viveram descansados porque nunca mais se ouviu falar da cobra. O Rouxinol e o Gato correram com ela, nunca mais a viram e viveram felizes para sempre.


Nuno Pires 8º A Nº 18

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